quarta-feira, 11 de janeiro de 2012

Um novo Conceito para curtir a Disney

No Disney Dream, o novo navio da Disney, sonhos e tecnologia navegam juntos. Conheça esse gigante parque de diversões.

por Júlia Gouvea Fonte: VIAGEM E TURISMO


O que é sonho para você? Ficar em um hotel cinco-estrelas? Comer camarões e lagostas até não aguentar mais? Navegar pelo Caribe? Quem embarca no novo navio de cruzeiros da Disney, o Disney Dream, realiza esses três sonhos em uma tacada só. E há muitos outros a bordo.


Atrio do navio


É difícil ficar indiferente ao Dream. Primeiro pela grandeza. Nos seus 14 andares cabem 4 mil passageiros em 1 250 cabines. Mas, mais do que o tamanho, é pelo desenho, vintage e delicado, que o Dream deixa seus colegas de porto com cara de bigornas desengonçadas. Tudo o que digo, e o que direi, foi planejado para não ser dito. Embarquei em Porto Canaveral, a 70 quilômetros de Orlando, decidida a não me render ao que li antes de viajar. Precisava incorporar a figura da jornalista cética. Pois a máscara caiu em minutos, e avassaladoramente. Logo que cheguei à porta do navio, a hostess perguntou meu nome. "Júlia Gouveia", respondi. Então ela foi a um microfone e anunciou, em alto e bom som e com todas as vogais possíveis: "Senhoras e senhores, vamos dar boas-vindas a Júlia Gouveiaaaaa!" Quando me dei conta, o navio inteiro estava me aplaudindo! Durante as três horas do embarque, todo passageiro era recepcionado da mesma maneira. E todos passavam a aplaudir com gosto os que chegavam. Impossível não se sentir especial.


A Disney não está no ramo de cruzeiros de passagem. O Dream é o terceiro navio de sua frota. O site especializado Cruise Critic o considera o "lançamento mais criativo de 2011".  Agora,em 2012, a companhia inaugura outro navio, o Fantasy, praticamente um gêmeo do Dream, com o mesmo porte e itinerários pelo Caribe.


Muito focado em famílias, a armadora aposta em recursos tecnológicos e interativos - o "Disney touch", como dizem. Para as cabines internas sem janelas, por exemplo, criaram-se as escotilhas "virtuais". são telas de LCD, que transmitem em tempo real imagens externas do navio. Um detalhe pequeno, mas que torna a viagem mais especial. No lobby não faltam elementos clássicos de glamour, como a escadaria de mármore, o imenso lustre de cristal, o tapete colorido e o piano de cauda, e é no lobby também que os personagens da Disney aparecem. Ver a Cinderela, a Branca de Neve e a Bela sentadas no chão, juntas como comadres, naquele hall tão palaciano, faz qualquer menina de 6 ou 60 anos enlouquecer.

Show com os personagens


Como mal podia conter minha curiosidade, subi direto ao deque 12, onde fica a principal atração do navio: o AquaDuck, esse toboágua gigantesco, de 233 metros de comprimento, tem uma espécie de "braço" que faz uma curva para fora dos limites do barco e a 45 metros de altura! enquanto você desliza pelos tubos transparentes, dá para ter uma visão panorâmica do deque e do mar lá embaixo. Entrei na bóia, abri bem os olhos e escorreguei. Uau! À medida que voava pelas quedas e curvas, me sentia planando sobre o mar. De repente, quando menos se espera, o escorregador penetra em uma das chaminés do navio. Ali dentro começa um jogo de luzes, meio como se fosse uma baladinha. O percurso dura menos de um minuto, mas é matador.

AquaDuck


Nem na hora das refeições as surpresas acabam. A cada noite, em esquema de revezamento, janta-se em um dos três restaurantes principais. Como tudo na Disney, eles também são temáticos. No Enchanted Garden, você se sente pelos jardins do Palácio de Versalhes. Mas não se trata apenas do décor: conforme a hora do dia, o teto muda de cor. À noite, ele está estrelado; de manhã, dourado pelos raios de sol. O animator’s Palate homenageia os artistas que criam os desenhos Disney. Os rascunhos originais de filmes como Carros, Up e Ratatouille ficam expostos nas paredes. Em telões sincronizados pelo salão, os personagens do Nemo aparecem cada hora em um lugar e até conversam com os passageiros. Já o Royal Palace é o "salão de festas" das princesas. Os garçons usam roupas de príncipes, a cestinha de pão é a carruagem da Cinderela e pendem do lustre vários sapatinhos de cristal. O restaurante tem cadeiras vitorianas, cortinas douradas e colunas de mármore. E, claro, tem a comida. Nas noites em que jantei por lá, por exemplo, comi escargots, medalhão de lagosta e carne de angus beef. Com exceção do fancês Remy e do italiano Palo, os restaurantes estão no esquema all-inclusive do cruzeiro. Bebidas alcoolicas são pagas à parte.


Enchanted Garden

Parque temático a bordo


Para as crianças, é aquele mundo maravilhoso do slogan. Diferente de outros navios e resorts, cada faixa etária tem uma espécie de lounge, supervisionado por monitores. As crianças de até 3 anos vão ao berçário It’s a Small World; dos 3 aos 10, elas curtem o megaplayground/brinquedoteca Disney’s Oceaneer Club e Lab; dos 11 aos 13, os teens fazem do Edge seu QG; e, dos 14 ao 17, os adolescentes curtem o Vibe, um espaço multimídia superdescolado. Isso sem contar a área das piscinas: a Donald’s Pool e a Mickey’s Pool, esta última com o formato inconfundível da cabeça do ratinho. Na frente das piscinas, um telão de 5 metros de altura transmite, o dia inteiro, clássicos da Disney, como Rei Leão, Cinderela e Mary Poppins. Boa sorte na hora de arrancar as crianças de lá.


Avisos àqueles com mais de 18 anos: vocês não vão ficar entediados. Há três musicais diferentes dignos da Broadway no Walt Disney Theatre, de 1.340 lugares. Já no Buena Vista Theatre, um cinema 3D de 387 assentos, são exibidos filmes da Disney. Se o seu negócio for balada, prepare-se para a maratona: entre bares e boates, são seis venues. Por exemplo, no Skyline, as janelas, que na verdade são telas de LCD, mudam toda hora de paisagem, exibindo os skylines de Nova York, Paris, Rio de Janeiro e Chicago. Entediados talvez fiquem os que gostam de um carteado ou de um caça-níquel. Cassinos estão fora da "política" Disney.


São tantas coisas para fazer, que é capaz de você nem notar que o navio faz duas paradas: uma em Nassau, capital das Bahamas, e outra em Castaway Cay, a ilha privada da Disney também no arquipélago das Bahamas. Como o tempo é curto, em Nassau você fica refém das excursões pega-turistas à beira do porto. Comprado no navio, um city tour de barco e van custa US$ 50. Para nadar com golfinhos, são US$ 200. Já a descida em Castaway tem cara de "fim de semana na praia". Estão à disposição dos cruzeiristas espreguiçadeiras, guarda-sóis e até um posto do correio com postais que trazem o selo da ilha. Tem também toboágua e um barbecue com hambúrgueres e hot-dogs à vontade.



Os garçons são como príncipes, sapatinhos de cristal pendem do lustre e a cestinha de pão é uma carruagem... Where the dream comes true.




Nenhum comentário: