THE BOOK OF MORMON
É um dos ingressos mais difíceis e disputados da Broadway. O musical tem um humor difícil para estrangeiros. Quem é fã da turma que criou o South Park sabe do que falamos. Mas o musical é tão elogiado, tão procurado e, dizem, tão engraçado, que vale a pena arriscar. Mas nem seu inglês afiado pode lhe explicar algumas piadinhas internas...
CHICAGO
Quem ainda não viu Chicago? Esteve no Basil, virou filme oscarizado, está no Allure of the Seas, da Royal Caribbean, e há 15 anos na Broadway. É o mais antigo musical americano em cartaz, isso porque o Fantasma da Opera, que está há 24 anos em cartaz, veio de Londres (onde brilha há um quarto de século). A coreografia e algumas canções, além do tom sensual e mais forte, são os pontos altos do espetáculo.
EVITA
O apelo para os brasileiros e sul-americanos é enorme. A história é conhecida, as canções são das mais famosas da dupla Tim Rice/Andrew Lloyd Weber e a produção se aproximou do filme estrelado por Madonna alguns anos atrás, incluindo a canção You must love me, que ganhou o Oscar e que a cantora apresentou em sua última turnê ao Brasil.
O maior atrativo da atual montagem, que já faz sucesso em Londres, é Ricky Martin. O cantor faz o papel de Che e está quase o tempo todo no palco. Seu nome é o primeiro nos letreiros fora do teatro e ele não decepciona. Canta bem, está mais discreto e menos revoltado que o Che original, dança sensualmente no segundo ato e está em forma. Os ingressos estão disputadíssimos, até porque não se sabe até quando Ricky Martin fica no musical.
O FANTASMA DA ÓPERA
É a produção há mais tempo em cartaz e não sem motivos. Os cenários e figurinos podem estar um tanto datados, mas é um clássico dos musicais, com algumas das mais belas canções já criadas. Rivaliza com Evita em belas melodias. Podia ser mais curto, mas os atores seguram com suas vozes impecáveis, especialmente o fantasma e Christine. Quem não viu tem de conhecer de perto esse ícone da Broadway.
GHOST
Quem não chorou aos assistir ao drama romântico, estrelado nos anos 1990, por Demi Moore e Patrick Swayze? Quem não gargalhou com com a performance de Whoopi Goldberg? Pois o filme Ghost foi adaptado para os palcos pelo próprio autor do roteiro original e, depois testado e aprovado em Londres, chega a New York em uma montagem cheia de efeitos especiais, truques de mágica, projeções e dois belos atores. A procura por ingressos está bem alta. Ah, claro... apesar de belas canções originais, é Unchained Melody, cantada diversas vezes, que emociona o público.
GODSPELL
Musical jovem baseado nas párabolas da Bíblia, ganhou versão mais íntima e próxima da platéia, em formato arena. Assim como O Despertar da Primavera, American Idiot e Rent, Godspell gera fãs e adoradores que não se cansam de assistir e cantar junto com os atores. Day by day é a canção mais conhecida.
JESUS CHRIST SUPERSTAR
Não é só para cristãos e religiosos. A montagem canadense do musical de Tim Race/ Andrew Lloyd Weber, os mesmo de Fantasma da Ópera e Evita, moderniza o visual e foca nas canções e nas interpretações. Se o primeiro ato é calmo e pouco surpreendente, com belas canções e cenas que se autoexplicam, no segundo o embate entre Judas e Jesus e a transformação das últimas cenas em um grande show eletrizam a platéia, que se emociona e aplaude de pé. O musical é curto, com canções e cenas entrelaçadas, evitado os buracoas para que a platéia aplauda, e atores inspirados. Não é para qualquer um, mas é bastante original. Os mais religiosos podem se chocar com o Judas popstar e com a presença constante de Maria Madalena ao lado de Jesus.
THE LION KING
O mais incrível muscial em cartaz, a história do Rei Leão encanta, surpreende e emociona crianças e adultos. Um clássico que está em cartaz há 15 anos e não fica vekho. Canções, cenários, figurinos, interpretações... um belo upgrade na já consagrada marca Disney. Para ver e rever.
MARY POPPINS
Mais um musical com a assinatura Disney. Cheio de efeitos especiais (como uam cena em que o ator spateia nas paredes e no teto, e o voo da personagem principal com seu guarda-chuva), crianças fofas e canções que ficam na cabeça por dias... E está em cartaz no histórico New Amsterdam Theatre, que foi reformado pela Disney para abrigar A Bela e Fera, mas não ficou pronto a tempo e acabou reabrindo com O Rei Leão. É também o ícone do renascimento da rua 42, antes habitada por peep shows e lojas de artigos eróticos e que hoje é o centro da Times Square, com lojas, teatros, restaurantes e atrações.
MAMMA MIA
No quesito diversão, Mamma Mia é quase imbatível (principalmente depois que uma tal Priscilla estreou nas imediações). Com o filme de sucesso e as canções mais que famosas, o espetáculo conquista nos primeiros acordes. Já teve versão no Brasil, mas mesmo assim ainda atrai muitos brasileiros. É o investimento certeiro, para se sair dançando do teatro. E cantando as canções do Abba.
MEMPHIS
É um dos musicais mais elogiados pela crítica, ganhador do prêmio Tony 2012 e que conta a história de um amor interracial em Memphis, no Tennessee, além do início da execução da black music (soul, blues) nas rádios americanas. A história é um tanto óbvia e o final decepciona. O público americano adora e vibra durante as apresentações. O ator Adam Pascal, que fez o Roger original de Rent, caricaturiza seu personagem e rende momentos bem engraçados. Há ótimos números de dança e canto, mas o público brasileiro não há de se empolgar. Nem decepcionar. Fica no meio termo.
Continua no próximo post com Once, Priscilla Queen of the Desert, Rent, Rock of Ages, Sister Act, Spider-man: Turn off the Dark.
